sexta-feira, 15 de março de 2013

"Ai que prazer (...) ter um livro para ler"...
E lê-lo de um aponta à outra!
 
Aproveite a Páscoa e LEIA!!!
 
 

Rainha em Folha

 
A BE divulga RAINHA EM FOLHA.
Trata-se de mais uma publicação literária trimestral da nossa Escola que apresenta textos dos alunos para toda a comunidade educativa.





terça-feira, 12 de março de 2013

Poema da semana

Reconhecimento à loucura
                                                                                 Poema sugerido por Mariana Mello, nº17, 12ºA
                                                                                 Imagem de Gaspar Lança, 12ºF
Já alguém sentiu a loucura
vestir de repente o nosso corpo?
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.
Como o cavalo do soneto de Ângelo de Lima?
Tal e qual.
E depois mostrar-nos o que há-de vir
muito melhor do que está?
E dar-nos a cheirar uma cor
que nos faz seguir viagem
sem paragem
nem resignação?
E sentirmo-nos empurrados pelos rins                 
na aula de descer abismos
e fazer dos abismos descidas de recreio
e covas de encher novidade?
E de uns fazer gigantes
e de outros alienados?
E fazer frente ao impossível
atrevidamente
e ganhar-Ihe, e ganhar-Ihe
a ponto do impossível ficar possível?
E quando tudo parece perfeito
poder-se ir ainda mais além?
E isto de desencantar vidas
aos que julgam que a vida é só uma?
E isto de haver sempre ainda mais uma maneira pra tudo?

Tu Só, loucura, és capaz de transformar
o mundo tantas vezes quantas sejam as necessárias para olhos individuais
Só tu és capaz de fazer que tenham razão
tantas razões que hão-de viver juntas.
Tudo, excepto tu, é rotina peganhenta.
Só tu tens asas para dar
a quem tas vier buscar

José de Almada Negreiros

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher - 8 de março

A BE assinala esta efméride com uma breve resenha histórica deste dia e com uma pequena mostra de poesia alusiva à mulher.

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e de trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto, a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e de trabalho, bem como pelo direito de voto.
Na antiga União Soviética, durante o estalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se um elemento de propaganda partidária.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. A data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960.
Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nesta data, muitos empregadores, sem certamente pretenderem evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenas dádivas pelas suas empregadas.

 O ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.
 
VER POEMAS:

Dia dos namorados

A BE assinalou o Dia dos Namorados com uma exposição de poesia alusiva à quadra e com a distribuição de poemas doces a toda a comunidade educativa.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Poema da Semana


    Imagem de Inês Samtos - 12ºF                                  Poema sugerido por Madalena Trindade - 12ºA

A Forma Justa
Sei que sera possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos - se ninguém atraiçoasse - proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
-Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a recontrução do mundo.

Sophia de Mello Breyner Andressen