começam a arder devagar.
Nos ramos ainda, a mudança
- verde, dourado, castanho -
até chegar, tão cruel,
o dia em que a folha se solta
e tomba no chão do Outono.
E a saudade principia,
a melancolia do Verão,
o corpo ainda a beber
a última réstia de sol...
E aquela alegria final
de quem recebe nas mãos
a oferenda das uvas?
João Pedro Méeseder, "Setembro". O livro dos meses. Porto: Lápis de memórias.
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