sexta-feira, 29 de abril de 2022

Palavras para a mãe!

 

Aqui fica um poema e uma pintura para celebrar o Dia da Mãe no 
1º domingo de maio!

Palavras para a Minha Mãe

mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.

lê isto: mãe, amo-te.

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.

José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"



Pablo Picasso, "Woman with child on the seashore" - in Art Institute of Chicago 

(Profª Bibliotecária: Ana Cristina Tavares)

terça-feira, 26 de abril de 2022

Solução do desafio matemático de março!

 


Desafio matemático de março.

Solução do mês de março:

DESAFIOS MATEMÁTICOS

SoluçãoO número de problemas verdes é 15.

Se foram resolvidos 60 problemas por cada aluna, então no total foram obtidas 180 resoluções ( 60 x 3 = 180 ). Ora como os problemas são só 100, então 180 – 100 = 80 resoluções.

Como dos 100 problemas 35 foram realizados só por uma aluna, então 100 – 35 = 65 problemas cujas resoluções foram realizadas duas ou três vezes.

Então 80 – 35 = 15 resoluções realizadas simultaneamente pelas 3 alunas.

O Diagrama de Venn ilustra a situação.



Prof. António Percheiro e Profª Ana Cristina Tavares


segunda-feira, 25 de abril de 2022

25 de abril com poesia e cinema

 Aqui fica o convite para se recordar o 25 de abril de 1974 com a leitura de 2 poemas, a seguir transcritos, e o visionamento da película de Sérgio Graciano intitulado O implicado que estreou a 14 deste mês. Este filme, em jeito de biografia e inspirando-se na obra de António Sousa Duarte,  centra-se na figura icónica do capitão Salgueiro Maia.


Nesta imagem de tropas e tanques dos soldados de abril, no Largo do Carmo, vemos Salgueiro Maia à esquerda, a caminhar. (Fonte da Imagem: Centro de Documentação 25 de abril - Universidade de Coimbra).


"A Rapariga do País de Abril

Habito o sol dentro de ti
descubro a terra aprendo o mar
rio acima rio abaixo vou remando
por esse Tejo aberto no teu corpo.

E sou metade camponês metade marinheiro
apascento meus sonhos iço as velas
sobre o teu corpo que de certo modo
é um país marítimo com árvores no meio.

Tu és meu vinho. Tu és meu pão.
Guitarra e fruta. Melodia.
A mesma melodia destas noites
enlouquecidas pela brisa no País de Abril.

E eu procurava-te nas pontes da tristeza
cantava adivinhando-te cantava
quando o País de Abril se vestia de ti
e eu perguntava atónito quem eras.

Por ti cheguei ao longe aqui tão perto
e vi um chão puro: algarves de ternura.
Qaundo vieste tudo ficou certo
e achei achando-te o País de Abril."

Manuel Alegre (in 30 Anos de Poesia, D. Quixote)

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"A Cor da Liberdade

Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença

E sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.

Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade."

Jorge de Sena (in Obras de Jorge de Sena, Poesia, Ed. 70)


A Profª Bibliotecária: Ana Cristina Tavares

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Sugestão de leitura - conto "O lápis" de Ana Milhano

 Aqui fica o convite para leitura durante a pausa escolar da Páscoa. Trata-se do conto "O lápis" da jovem autora Ana Milhano. Este conto integra a coleção "Uma aventura",  17ª edição, da Editorial Caminho.

Ana Milhano, uma ex-aluna do 9º Ano da nossa escola, participou no concurso nacional  "Uma aventura...literária 2019" com um dos seus contos "O Lápis", tendo-lhe sido atribuído o 1º Prémio na modalidade de Texto Original.
Felicitamos mais uma vez a jovem autora pela qualidade da sua escrita, que teve a particularidade de ser ilustrada pela própria. 
 




Profª Vitória Romão e Profª Bibliotecária













segunda-feira, 4 de abril de 2022

Livro do mês de abril: Universo, Vida e Consciência

 

Universo, Vida e Consciência de Artur Azul

    Este livro é sobre os fascinantes e amplos temas do Universo, da vida e da consciência, numa dupla perspetiva – científica e filosófica –, o que dá origem a duas partes distintas: a primeira, que abarca os três primeiros capítulos, trata das principais conceções e teorias científicas nas áreas da física e cosmologia, da biologia e da neurociência; e a segunda parte engloba os três últimos capítulos, que são dedicados a abordagens introdutórias a várias áreas filosóficas (epistemologia, filosofia da ciência, metafísica, filosofia da mente, etc.) e à exposição de uma conceção ontológica, baseada principalmente nos conceitos de virtual, emergência e níveis ontológicos. Assim, primeira parte, intitulada Conceções e Teorias Científicas sobre o Universo, a Vida e a Consciência, é composta pelos seguintes três capítulos: 1. Universo – Física e Cosmologia; 2. Biologia, Vida e Evolução; 3. Neurociência – Cérebro e Consciência; e a segunda parte, intitulada Filosofia, Realidade, Consciência e Espiritualidade – para uma Perspetivação Globalizante, é constituída pelos seguintes capítulos: 4. Preliminares Filosóficos; 5. Da Realidade à Consciência; 6. Consciência e Espiritualidade.

    Os três capítulos dedicados às teorias científicas consistem, na sua maior parte, em exposições o mais objetivas possível sobre os assuntos em causa. No entanto, em diversos temas surgem questionamentos e reflexões críticas, como por exemplo, em relação ao conceito de energia, ao conceito de entropia e à questão da morte térmica do universo, ao conceito de campo de forças, à questão da natureza do espaço e do tempo após a teoria da relatividade, à questão das interpretações da mecânica quântica, à origem do universo e ao conceito de multiverso, ao princípio antrópico, à questão das origens da vida, à questão da evolução e do darwinismo, à questão da origens da consciência e da sua verdadeira natureza, etc.

    Em relação aos capítulos dedicados às questões filosóficas, há um misto de exposição de subdisciplinas filosóficas, nomeadamente epistemologia, filosofia da ciência e metafísica (no capítulo 4. Preliminares Filosóficos), e de explanação de uma conceção ontológica própria. Esta última começa, no capítulo quinto (5. Da Realidade à Consciência), com um referencial ontológico (espaço-tempo, materialidade, virtualidade, emergência), incluindo os níveis ontológicos (físico, biológico, senciente e pensante) e prosseguindo com uma caracterização da mente consciente. No sexto e último capítulo, para além das abordagens à ética, estética e filosofia da religião, são apresentados pensamentos (de outros autores e próprios) acerca da espiritualidade humana, incluindo a temática ontológica do virtual e a questão da religião e do sagrado.

    Quer ao nível das temáticas científicas escolhidas quer ao nível das questões e conceções filosóficas abordadas, pretendeu-se apresentar uma ampla perspetiva (ou perspetivação – uma perspetiva em construção) sobre os principais conhecimentos e reflexões que todo o ser humano contemporâneo e culto deverá ter em consideração.

    E relativamente à conceção ontológica própria, ela começou por ser a razão fundamental da elaboração deste trabalho, mas acaba por ficar ao critério do leitor, no que diz respeito à sua avaliação e consideração em termos de coerência e consistência com os restantes assuntos abordados.



Profª Isabel Nunes de Sousa - Equipa da Biblioteca Escolar