terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O mar das cerejas

 
A BE tem o prazer de, amanhã, dia 27 de fev, proceder à apresentação do livro O mar das cerejas da autoria de Teresa Aires Rodrigues, aluna do 10º ano , Turma G.

Poema da Semana

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

AUTOR DO MÊS - fevereiro

 
Luísa Ducla Soares
 
Nasceu em Lisboa a 20 de julho de 1939 e licenciou-se em Filologia Germânica. Iniciou a sua atividade profissional como tradutora, consultora literária e jornalista, tendo colaborado em diversos jornais e revistas. O seu primeiro livro, Contrato, foi publicado em 1970.
Foi adjunta do Gabinete do Ministro da Educação ( 1976-1978 ). Trabalha desde 1979  na Biblioteca Nacional, onde iniciou a sua atividade realizando uma bibliografia de literatura para crianças e jovens em Portugal. Organizou numerosas exposições, sendo atualmente assessora desta instituição e responsável pela Área de Informação Bibliográfica. Os seus trabalhos orientam-se preferencialmente para a literatura destinada a crianças e jovens, tendo publicado mais de 80 obras. É sócia fundadora do Instituto de Apoio à Criança. Tem escrito guiões televisivos e preparou diversos sites de internet, nomeadamente os da Presidência da República, durante o mandato de Jorge Sampaio. Tem elaborado para o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, para o Ministério da Educação e para a Fundação Gulbenkian diversas publicações seletivas da literatura infantil nacional e internacional. Vários poemas seus foram musicados.
Participa frequentemente em colóquios e encontros, apresentando conferências e comunicações sobre problemáticas relacionadas com os jovens e a leitura e sobre literatura para os mais novos.
Recebeu o "Prémio Calouste Gulbenkian para o melhor livro de literatura infantil no biénio 1984-1985" e o "Grande Prémio Calouste Gulbenkian", pelo conjunto da sua obra, em 1996.
Em 2004 foi selecionada como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Lágrima de preta                                 Imagem de Carolina Freitas, 12ºF

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes                                                                      Poema sugerido por: José Maria Almeida e Silva, nº7, 12ºA
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

António Gedeão

Sessão de Leitura

Hoje, dia 18 de fevereiro, a BE e o Departamento de Línguas - disciplina de Português - promovem uma sessão de leitura subordinada ao tema Vou Ler os Lusíadas.

A sessão será dinamizada pelo Dr. Alfredo Leite e será dirigida para as turmas de 9º ano.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Poema da Semana

Amar!                                                                                                  Imagem de Carolina Freitas, 12ºF
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!


Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!


E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Poema da Semana

Gaspar Lança, 12º F
O outro lado das coisas
As palvras são fundantes?
Também desagregam.
O amor cega?
Também revela.
O ódio destrói?
Também liberta.
A dúvida paralisa?
Também inspira.
A coragem é altruísta?
também é soberba.
O medo atrapalha?
Também protege.
A vida é tragédia?
Também é gloriosa.
A morte é o termo?
Também é recomeço.
João Melo