terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Feira do Livro

 
 
FEIRA DO LIVRO
 
4 a 8 de fevereiro
 
Átrio da Escola
 
 

III - Concurso Literário "Uma carta de amor"

A Biblioteca Escolar José Gustavo (Escola Secundária João de Barros) promove o III Concurso Literário Uma Carta de Amor.

A nossa Biblioteca convida toda a comunidade educativa a aderir a mais esta iniciativa.

VER REGULAMENTO

Poema da Semana

Poetas

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!


Florbela Espanca

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

III Concurso Literário - Um Conto de Natal

Após a leitura cuidada de todos os trabalhos apresentados a concurso, o júri escolheu os melhores textos.

No Escalão B (alunos do 3º Ciclo), os alunos da nossa Escola receberam os seguintes prémios:

1º prémio: MADALENA LOPES, nº15, 8º3
3º prémio: DUARTE NUNES, nº6, 8º3
Menção Honrosa: INÊS CAMPOS, nº10, 8º3

PARABÉNS! 

A BE agradece a colaboração de todos os participantes:

8º3
-Maria Gallego, nº18
-Marta Amaral, nº19
-Marta Vilarinho, nº20
-Sofia Marques, nº23
-Thomas Machado, nº 24

9º1
-Andreia Santos, nº2
-David Gonçalves, nº6
-Gabriel Feist, nº13
-Mariana Blanc, nº23

Profª Lina da Paz

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Poema da Semana

Sonhos

Teria passado a vida
atormentado e sozinho
Luísa Machado, 12º F
se os sonhos me não viessem
mostrar qual é o caminho

umas vezes são de noite
outras em pleno sol
com relâmpagos saltados
ou vagar de caracol

quem os manda não sei eu
se o nada que é tudo à vida
ou se eu os finjo a mim mesmo
para ser sem que decida.

Agostinho da Silva

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Voluntários da Leitura



A leitura é essencial para a aprendizagem. Os voluntários da leitura promovem o encontro entre livros e leitores, ajudando a desenvolver o prazer de ler.

Quer ser um voluntário da leitura?

Para mais informações, consulte:

 http://www.voluntariosdaleitura.org/


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

http://youtu.be/BdHbQBvgyQ0

Há uma música do Povo
Nem sei dizer se é um Fado
Que ouvindo-a há um chiste novo
No ser que tenho guardado…

Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser…
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver…

E oiço-a embalado e sozinho...
É essa mesma que eu quis...
Perdi a fé e o caminho...
Quem não fui é que é feliz.

Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção…
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração…

Se uma emoção estrangeira,
Um erro de sonho ido…
Canto de qualquer maneira
E acaba com um sentido!

Fernando Pessoa

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


As mãos
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=ZOeWqfDffUA

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.


De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
 
Manuel Alegre

Sugestão de leitura - janeiro


Título: ALMA

Autor: MANUEL ALEGRE

Editora: LEYA

"Há sítios, salas, objetos, que se apoderam da alma das pessoas". Há vidas que cativam e têm histórias para contar. Há cheiros, vozes, emoções de um tempo que passou mas que permanece dentro de nós. Com as suas marcas, neste lugar tão próximo que é a memória. Há pessoas a quem devemos o que somos hoje. Há a vida de um homem, há uma aldeia. Há Águeda, onde se formou a sua Alma. Onde permanece ainda hoje, em parte. Há tradição e subversão, Monarquia e República, tempos áureos de uma época cheia de vidas, e de uma vida de tantas vidas.

Em Águeda, Alegre abre-se ao leitor, abre-se a si próprio, abre a Alma. Já me diziam "de pequenos momentos são feitos as grandes vidas". Pela voz audaciosa deste homem, ainda hoje tão presente, somos convidados a reviver a sua própria história, feita de momentos e pessoas, lugares e memórias de uma infância que nos molda, que nos abre aos poucos às maravilhas do mundo, numa aldeia pequena, ou na cidade cosmopolita. Num misto de nostalgia e melancolia, regresso e audácia, nestas páginas confundimos o que é do autor e o que é nosso, o que ele viveu e o que nós vivemos. Afinal, de
Alma partiu toda a sua vida...

Afinal também os livros e as palavras se apoderam da alma das pessoas. Tal como os lugares.

SOFIA CABRITA - 12ºG 

Autor do mês - janeiro

MANUEL ALEGRE

Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda, a 12 de maio de 1936. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um ativo dirigente estudantil. Destacou-se também como campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra.

A sua contestação ao regime de Salazar fez com que fosse preso pela PIDE. Em 1964 saiu de Portugal, tendo estado exilado cerca de 10 anos. Mesmo fora do país, a sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial converteram-no num símbolo da resistência e da liberdade. Os seus primeiros dois livros (Praça da Canção, 1965, e O canto e as armas, 1967) foram apreendidos pela censura, mas passaram de mão em mão em cópias clandestinas, manuscritas ou datilografadas.

Os seus poemas, cantados, entre outros, por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luís Cília, tornaram-se emblemáticos da luta pela liberdade. Regressou a Portugal alguns dias depois do 25 de abril de 1974. Nesse mesmo ano, ingressou no Partido Socialista, onde, ao lado de Mário Soares, promoveu mobilizações populares que contribuíram para a consolidação da democracia. Foi deputado pelo Partido Socialista desde 1975 até julho de 2009, altura em que, por vontade própria, se afastou do cargo que durante 34 anos ocupou. Em 2006 e em 2011 candidatou-se às eleições presidenciais. Mantém-se como membro do Conselho de Estado e das Ordens Honoríficas de Portugal.

Além da atividade política, saliente-se o seu proeminente labor literário, quer como poeta, quer como ficcionista. Um dos seus poemas musicados mais conhecidos é a Trova do Vento que Passa, cantada por Adriano Correia de Oliveira e por Amália Rodrigues, entre muitos outros. Reconhecido além- fronteiras, em abril de 2010, a Universidade de Pádua, em Itália, inaugurou a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Pelo conjunto da sua obra recebeu inúmeros prémios. A sua obra literária está editada em italiano, espanhol, alemão, catalão, francês, romeno e russo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Poema da Semana

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecília Meireles

A equipa da BE deseja a toda a comunidade educativa Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!