Aos 82 anos, a romancista francesa ANNIE ERNAUX foi a 17ª mulher a ser laureada com o prémio Nobel de Literatura. O presidente da academia sueca salientou :
" [...] Annie Ernaux acredita manifestamente na libertação da força da escrita. O seu trabalho é intransigente e escrito numa linguagem simples, limada. E quando, com grande coragem e acuidade clínica, revela a agonia da experiência da classe, descrevendo a vergonha, humilhação, inveja ou incapacidade de ver quem somos, alcançou alguma coisa admirável e duradoura".
A editora francesa Gallimard tem publicado os seus livros desde os anos 70, altura em que a autora iniciou a sua carreira literária.
O presidente francês, Emmanuel Macron, felicitou a escritora por esta distinção referindo que: "Annie Ernaux tem vindo a escrever, ao longo de 50 anos, o romance da memória coletiva e íntima do nosso país. A sua voz é a da liberdade das mulheres e dos esquecidos do século. Ela junta-se, graças a esta consagração solene, ao grande círculo de vencedores do Nobel da nossa literatura francesa."
Profª Bibliotecária: Ana Cristina Tavares