O 25 de abril e a Revolução dos Cravos
Propostas de leitura:
1. O 25 de abril de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, publicação da Assembleia da República,
2004.
2.Era uma vez o 25
de abril de José Fanha, edições Nuvem de Tinta, abril 2023.
Sendo já um marco fundamental na História de Portugal, o 25 de abril
de 1974, de que se comemoram os 50 anos,
trouxe-nos aquilo que é mais importante para o homem e a sociedade – a
Liberdade. Associamos sempre a Liberdade à Democracia, pois, um não existe sem
o outro. Assim, a Revolução do 25 de abril foi decisiva para a emancipação
social e cultural do povo português.
Nesse dia memorável, não era uma 5ª feira como outra qualquer, mas
algo que havia de mudar completamente as nossas vidas. Foi o “ Dia da Revolução! ”.
Como José Fanha nos conta, na primeira pessoa, durante toda a noite de
24 para dia 25 abril, um movimento revolucionário de capitães, os chamados Capitães de abril, haviam levado a cabo
um golpe de destituição das antigas forças do regime ditatorial que então
vigorava no país há mais de 48 anos.
As pessoas não podiam manifestar
as suas ideias (não havia liberdade de expressão) senão eram presas ou
torturadas pela PIDE (polícia política), não podiam associar-se em partidos
políticos (não havia liberdade de associação) com diferentes ideologias, nem
podiam, sobretudo, exercer o direito de voto (liberdade de escolha) com
carácter universal. Também a educação e a cultura eram censuradas (o célebre
lápis azul da censura) e os intelectuais não podiam escrever nada em jornais,
livros ou meios de difusão que fosse conta o regime. Havia, portanto, um
pensamento único bem como uma moral rígida com comportamentos estipulados e
legislados – uma mulher não podia sair do país ou viajar, não podia ter certos
comportamentos em público, não podia casar com quem quisesse se fosse
funcionária pública, etc,. Em suma, não
havia respeito pela dignidade da Pessoa nem pelos Direitos Humanos.
Os símbolos do Regime, O Estado
Novo, eram o Estado-Nação, a religião e o culto de Fátima, a Família
tradicional, e os símbolos culturais estavam, sobretudo, associados às touradas
e ao futebol. Foi precisamente, por isso, que uma das senhas do 25 de abril,
que deu o pontapé de saída para a Revolução, foi a canção vencedora do Festival
da Canção de 1974 de Paulo de Carvalho “
E depois do Adeus”. Novos símbolos se levantavam, incluindo, as flores
vermelhas, os Cravos, simbolizando a
paz e a ausência de derramamento de sangue numa revolução, sob todos os pontos e vista, atípica.
O Movimento das Forças Armadas,
coordenado pelo General António de Spínola, assume os comandos do país e
inicia-se uma nova era. A nova era em
que tu nasceste e, por isso, te convidamos a saber mais sobre esta data da nossa
História.
A
Equipa da BE
Professora Isabel Nunes
de Sousa (Filosofia)