Espaço de partilha e divulgação das atividades da Biblioteca Escolar da Escola Secundária Rainha Dona Amélia
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
O mar das cerejas
Poema da Semana
LIBERDADE
Ai que prazer
não cumprir um dever
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Ai que prazer
não cumprir um dever
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
AUTOR DO MÊS - fevereiro
Luísa Ducla Soares
Nasceu em Lisboa a 20
de julho de 1939 e licenciou-se em Filologia Germânica. Iniciou a sua atividade
profissional como tradutora, consultora literária e jornalista, tendo
colaborado em diversos jornais e revistas. O seu primeiro livro, Contrato, foi publicado em 1970.
Foi adjunta do
Gabinete do Ministro da Educação ( 1976-1978 ). Trabalha desde 1979 na Biblioteca Nacional, onde iniciou a sua
atividade realizando uma bibliografia de literatura para crianças e jovens em
Portugal. Organizou numerosas exposições, sendo atualmente assessora desta
instituição e responsável pela Área de Informação Bibliográfica. Os seus
trabalhos orientam-se preferencialmente para a literatura destinada a crianças
e jovens, tendo publicado mais de 80 obras. É sócia fundadora do Instituto de
Apoio à Criança. Tem escrito guiões televisivos e preparou diversos sites de
internet, nomeadamente os da Presidência da República, durante o mandato de
Jorge Sampaio. Tem elaborado para o Instituto Português do Livro e das
Bibliotecas, para o Ministério da Educação e para a Fundação Gulbenkian
diversas publicações seletivas da literatura infantil nacional e internacional.
Vários poemas seus foram musicados.
Participa
frequentemente em colóquios e encontros, apresentando conferências e
comunicações sobre problemáticas relacionadas com os jovens e a leitura e sobre
literatura para os mais novos.
Recebeu o "Prémio
Calouste Gulbenkian para o melhor livro de literatura infantil no biénio
1984-1985" e o "Grande Prémio Calouste Gulbenkian", pelo
conjunto da sua obra, em 1996.
Em 2004 foi
selecionada como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Lágrima de preta Imagem de Carolina Freitas, 12ºF
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes Poema sugerido por: José Maria Almeida e Silva, nº7, 12ºA
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes Poema sugerido por: José Maria Almeida e Silva, nº7, 12ºA
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
Sessão de Leitura
Hoje, dia 18 de fevereiro, a BE e o Departamento de Línguas - disciplina de Português - promovem uma sessão de leitura subordinada ao tema Vou Ler os Lusíadas.
A sessão será dinamizada pelo Dr. Alfredo Leite e será dirigida para as turmas de 9º ano.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Poema da Semana
Amar! Imagem de Carolina Freitas, 12ºF
Eu quero amar, amar perdidamente!Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Florbela Espanca
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Poema da Semana
Gaspar Lança, 12º F |
O outro lado das coisas
As palvras são fundantes?
Também desagregam.
O amor cega?
Também revela.
O ódio destrói?
Também liberta.
A dúvida paralisa?
Também inspira.
A coragem é altruísta?
também é soberba.
O medo atrapalha?
Também protege.
A vida é tragédia?
Também é gloriosa.
A morte é o termo?
Também é recomeço.
João Melo
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