segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Lágrima de preta                                 Imagem de Carolina Freitas, 12ºF

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes                                                                      Poema sugerido por: José Maria Almeida e Silva, nº7, 12ºA
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

António Gedeão

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