sexta-feira, 29 de maio de 2020

Viagem virtual pictórica com Gonçalo Tacão.



O aluno Gonçalo Tacão faz uma viagem virtual pelo Museu Nacional de Arte Antiga dando-nos a conhecer a pintura anónima intitulada "Inferno". Este trabalho de Português orientado pela docente Berta Ferreira foi realizado durante o período de confinamento social.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Fonte Bicéfala, Leonor Viegas, 9.º ano



Vamos apresentar, nos próximos dias, uma série de trabalhos realizados por alunos do 3º ciclo, na disciplina de Português, nos domínios da Oralidade, da Leitura e Educação Literária, no âmbito do estudo de Gil Vicente, "Auto da Barca do Inferno, e de Luís de Camões, "Os Lusíadas", por alunos do 9.º 3.ª e 9.º 4.ª, em período de confinamento social em que as viagens pelos livros e pelos museus se faziam a partir de casa. Estas tarefas foram orientadas pela docente Berta Ferreira.
O 1º desses trabalhos intitula-se "Fonte Bicéfala" e foi realizado pela aluna Leonor Viegas.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

A moura encantada do castelo de Tavira - lenda tradicional

A noite de S. João é, como toda a gente sabe, noite de mouras encantadas. Segundo uma antiga tradição, vinda do tempo longínquo da conquista do Algarve, há em Tavira uma moura que, à meia-noite da noite de S. João, aparece nas ameias do castelo chorando a sua triste sina de encantada.
Quem sabe não será essa moura a filha de Aben-Fabila, o célebre governador de Tavira, que no dia da tomada do castelo se não encontrou nem entre os vivos, nem entre os mortos? Alguns dizem mesmo que naquele momento que se seguiu ao terrível combate, Aben-Fabila, súbdito do grande Almansor, desapareceu para poder encantar a sua filha querida no Alcácer, esperando, mais tarde, tornar vitorioso ao seu castelo e desencantar a mourinha. Porém, a verdade é que nem D. Paio Peres Correia, nem ninguém em todo o Algarve, voltou a pôr os olhos no bravo Aben-Fabila.
A tradição conta-nos esta lenda, como muitas outras, em verso, e por isso vou recitá-la tal como a cantam:


Meia noite além ressoa

Cerca das ribas do mar
Meia noite já é dada
E o povo ainda a folgar.
Em meio de tal folguedo
Todos quedam sem falar
Olhos voltam ao castelo
Para ver, para avistar
A linda moura encantada
Que era triste a suspirar.


- Quem se atreve, ai quem se atreve

Ir ao castelo e trepar
Para vencer o encanto
Que tanto sabe encantar?
- Ninguém há que a tal se atreva
Não há quem em mouros fiar
Quem lá fosse a tais desoras
Para só desencantar
Grande risco assim correra
De não mais de lá voltar.
Ai que linda formosura
Quem a pudera salvar!
O alvor dos seus vestidos
Tem mais brilho que o luar
Doces, tão doces suspiros
Onde ouvi-los suspirar ... ?
Assim um bom cavaleiro
Só se estava a delatar
Em amor lhe ardia o peito
Em desejos seu olhar.
Três horas eram passadas
Neste continuo anceiar
Cavaleiro de armas brancas
Nunca soube arreceiar
Invoca a linda mourinha
Mas não ouve o seu falar
Nada importa a D. Ramiro
Mais que a moura conquistar
Vai subir por muro acima
Sente os pés a resvalar
Ai que era passada a hora
De a poder desencantar! ..


Já lá vinha a estrela d'alva

Com seus brilhos a raiar
No mais alto do castelo
Já mal se via alvejar
A fina branca roupagem
Da linda filha de Agar.
Ao romper do claro dia
Para mais bem se pasmar
Sobre o castelo uma nuvem
Era apenas a pairar
Jurava o povo, jurava
E teimava em afirmar
Que dentro daquela nuvem
Vira a donzela entrar.
D. Ramiro d'enraívado
De não poder-lhe chegar
Dali parte e contra os mouros
Grande briga vai armar,
Por fim ganha um bom castelo
Mas. .. sem moura para amar.

Pode também ouvir esta lenda seguindo a hiperligação:http://www.truca.pt/raposa_textos/historia_140_moura_tavira.html

Fonte: estudioraposa.com    (lenda recolhida por Fernanda Frazão)

terça-feira, 19 de maio de 2020

Biblioteca Digital Camões

"O que é a Biblioteca Digital Camões?
A Biblioteca Digital Camões pretende ser um repositório da cultura em língua portuguesa, tendo como principal critério a publicação de obras integrais, para leitura gratuita, sem necessidade de registos ou subscrição.


A Biblioteca Digital Camões tem autores e edições no domínio público, mas também em edições actuais, protegidas por direitos conexos (fixação de textos, notas críticas, prefácios e posfácios…etc.), obras protegidas por direitos e de autores vivos. Consequentemente, cada edição publicada terá um nível de acesso que é resultado da expressão de uma vontade conjunta do Instituto Camões, I.P., e do editor e/ou instituição proprietária da edição.

Nesse sentido, existem níveis diferenciados de acesso:
1 – Apenas leitura;
2 – Leitura e impressão;
3 – Leitura, impressão e cópia."

Neste Blogue há um link permanente para se aceder à Coleção Digital do Instituto Camões.
Visite e descubra!




terça-feira, 12 de maio de 2020

"Diário de um confinamento" - Desafio da Biblioteca Escolar




Aqui fica um desafio para os alunos da ESRDA

Inspirando-te neste momento único que temos estado a viver, mostra a tua criatividade enviando o teu trabalho original subordinado à temática indicada no cartaz 
DIÁRIO DE UM CONFINAMENTO e selecionando uma das seguintes modalidades:
  • texto breve
  •  desenho
  •  fotografia
  •  podcast 
  •  vídeo (indicar o link)
O prazo para envio dos trabalhos é até dia 5 de junho de 2020. 
Os trabalhos serão previamente aprovados e/ou revistos por docentes da equipa da Biblioteca Escolar.
O trabalho deverá ser colocado no mural digital com o seguinte endereço:

Se tiveres dificuldade em colocar lá o trabalho vê um tutorial sobre como colaborar num Padlet em: https://www.youtube.com/watch?v=delW1Jtoq_w
Para qualquer dúvida envia um mail para biblioteca@esrda.edu.pt 


Obrigada por esta partilha!

segunda-feira, 11 de maio de 2020

quinta-feira, 7 de maio de 2020

A leitura permite-me ir aonde os meus pés não me podem levar?

   Publicamos neste espaço textos produzidos por  alunos de 9º ano, a partir de um desafio lançado pela professora Berta Ferreira de Português, no âmbito do Dia Mundial do Livro e da Leitura que se celebrou a 23 de abril. Estes textos foram realizados a propósito de dois contos do "Clube das Histórias" que os alunos leram durante o período de confinamento. 
   Todos os textos foram produzidos como resposta à seguinte pergunta: 

A leitura permite-me ir aonde os meus pés não me podem levar?




"A história Os dois pássaros levou-me a pensar sobre as diferentes formas de ver as coisas. Na verdade, cada pessoa pode ter a sua opinião sobre variados assuntos e todos devemos respeitar isso. Para além disso, também me fez refletir sobre o facto de a vida ser muito curta para nós andarmos a discutir por coisas mínimas e sem sentido algum.

A história A minha avó e eu levou-me a viajar através da leitura para o jardim onde a avó roubava as flores, para o mercado e para o lar onde os pais de Alice depositaram a avó. Para além disso, a história também me fez sentir vários cheiros como o cheiro das flores, o cheiro do chocolate e o do café com natas. Fez-me experimentar vários sentimentos como a saudade, a alegria, a preocupação e o desespero."
ACAlves - 9º-3ª
 *****
"A meu ver, a leitura é uma maneira de nos teletransportarmos até às histórias que lemos.
Na verdade, quando li a história A minha avó e eu senti que estava no número 56 da Rua do Galo Florido com Alice e a Avó. Vi claramente a Avó a passear nas alamedas do parque municipal debruçada sobre as flores, pronta para, quando o guarda não a visse, levar algumas para si.
Ou, por exemplo, quando o Sr. Meronnet arranjou um ramo de flores para a sua mulher, que foi descrito como um “fogo-de-artifício silencioso”. Estes pequenos detalhes, estas descrições, apelam aos nossos sentidos, neste caso a visão, e permitem-nos viver cada história como se estivéssemos realmente presentes em cada uma. Os pormenores das histórias são o que as tornam tão especiais à sua maneira.
Em suma, penso que sim, a leitura permite-nos viajar na nossa imaginação, sendo assim um hábito muito importante que deveríamos adotar nas nossas vidas."

LLL - 9º 4ª


                                                            *****

   "Na minha opinião, a leitura, embora muitas vezes questionada, é importante para o nosso desenvolvimento.
            Com efeito, é ela que faz crescer a imaginação a um ponto que nunca captámos. Por exemplo, podemos ser o nosso super-herói favorito ou aquela personagem da televisão que, desde crianças, adoramos.
            Para além disso, a leitura faz-nos desvendar mundos desconhecidos, faz-nos ver dois lados que sem ela eram impossíveis de distinguir. É ela quem nos revela quem realmente somos e até onde podemos chegar com a nossa criatividade, sem qualquer obstáculo no caminho.
            Em suma, a leitura permite-nos ir aonde os nossos pés não nos podem levar."

        BA - 9º 4ª

    *****

          "A meu ver, a leitura permite-me ir aonde os meus pés não me podem levar. Na verdade, ao ler a história “A minha avó e eu”, pareceu-me que estava a viver o momento com as personagens e que, tal como elas, fazia parte da ação.         
          O facto de todos os acontecimentos serem caracterizados ao máximo pormenor, faz com que os leitores esqueçam tudo cá fora e sintam os momentos vividos pela avó e pela Alice como se fossem deles. Se tal não fosse, o entusiasmo para ler a narrativa não seria o mesmo. Pessoalmente, penso que este livro é uma ótima escolha para aqueles que, neste tempo de quarentena, querem viajar para outro tempo. Em suma, um bom livro é uma excelente forma de nos abstrairmos do mundo e nos dedicarmos apenas ao que estamos a ler."
        MCV - 9º 4ª

   *****

"Na primeira história, uma idosa e uma criança mudam a forma de pensar e agir de toda uma comunidade valorizando o simples, usando a imaginação, a linguagem do amor e consequentemente vendo a vida numa versão positiva. A segunda história reafirma este conceito de que a vida é como um espelho e que cada pessoa tem uma visão individual das coisas. A maior lição é viver o presente, amar, brincar e valorizar as pequenas coisas; assim, a vida torna-se mais “fácil”.  "
ACMSSilva - 9º 4ª
   

quarta-feira, 6 de maio de 2020

História tradicional - O mocho e o lobo

O Mocho e o Lobo
O lobo andava no mato e o mocho estava em cima de um pinheiro no ninho.
O lobo enroscou o rabo no pinheiro como quem o queria serrar. O mocho de cima disse-lhe:
— ó compadre, não me serres o pinheiro, senão os meus 
filhos caem abaixo e morrem.
Responde o lobo:
— Pois se não queres que eu serre o pinheiro, anda tu cá
 abaixo.
O mocho não queria, mas afinal sempre veio vindo de galho em galho, e depois disse para o lobo:
Lobo, o que queres de mim?
O lobo respondeu:
Anda cá mais abaixo, que quero dizer-te um recado.
O mocho respondeu:
Diz daí, que eu ouço bem.
O lobo tornou a dizer:
Anda cá, que eu não te faço mal.
O mocho descuidou-se e desceu, e o lobo passou-lhe os dentes e meteu-o na boca.
O mocho de dentro da boca do lobo disse:
— Eh! Compadre, não me comas, que eu quero fazer testamento!
O lobo disse-lhe:
— Não, mas agora no galheiro estás tu.

Diz o mocho:
— Então deixa-me ir despedir-me lá acima da árvore dos 
meus filhos.
O lobo disse:
— Não, que, depois, nunca mais voltavas.

Disse então o mocho:
— Olha, ao menos hás-de dizer três vezes, que é para eles
 saberem: Mocho comi.
O lobo disse muito baixinho, para não abrir a boca: Mocho comi.
O mocho disse-lhe:
— ó compadre, fala mais alto, senão não ouvem.
O lobo tornou a repetir: Mocho comi, já mais alto. Responde o mocho:
— Mais alto, senão eles não ouvem.
Nisto o lobo escachou a boca para gritar mais alto e dizer: Mocho comi.
O mocho, mal apanhou a boca aberta, abalou para cima do pinheiro e disse-lhe:
— Outro sim, que não a mim.
Fonte: estudioraposa.com

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dia Mundial da Língua Portuguesa | 5 de maio



   A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) ratificou em Paris, em novembro de 2019, o dia 5 de Maio como o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A proposta fora apresentada pelos nove países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
   Nesse âmbito, Lisboa acolhe o 1º Festival Internacional de Literatura e de Língua Portuguesa que conta com vários autores lusófonos.
  Aqui fica o convite para assistir ao evento em direto pelas 15h30 e um link para o programa de "Lisboa 5L".
https://lisboa5l.pt/agenda/a-lingua-portuguesa-a-gostar-dela-propria/



Dia da Mãe - domingo 4 de maio