Natural da Cidade da
Beira, Moçambique, mudou-se com poucos meses para a
cidade de Tete, onde permaneceu até aos nove anos,
convivendo com a Guerra Colonial. Tal como muitos portugueses, alguns
dos seus antepassados estiveram envolvidos na Primeira Guerra Mundial, na Flandres, e na Guerra Colonial, em África, sendo que o seu segundo romance,
intitulado A Filha do Capitão é assumido como um tributo que lhes
é prestado.
Após a separação dos
seus pais, veio para Lisboa, onde viveu com a mãe, e posteriormente mudou-se
para a residência paterna, em Penafiel. Entretanto, o pai partiu para Macau e,
já no Oriente, participou na elaboração de um jornal local, que suscitou o
interesse dos responsáveis locais. Em 1981, aos 17 anos, iniciou-se
verdadeiramente no jornalismo, ao serviço da Rádio Macau.Em 1983, regressou a Portugal para frequentar o curso de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa. Terminados os estudos, realizou um estágio na emissora britânica de televisão, BBC. Não lhe tendo sido concedido qualquer financiamento para este estágio, aplicou então a herança do pai, entretanto falecido, em três meses de experiência profissional em Inglaterra.
Regressou a Portugal e obteve duas distinções: o Prémio Ensaio do Clube Português de Imprensa, em 1986, e o Prémio de Mérito Académico do American Club of Lisbon, em 1987. Devido a essas credenciais, foi convidado pela BBC World Service para trabalhar em Londres, onde permaneceu três anos, até 1990.
Da BBC passou para a RTP, tendo começado a apresentar o noticiário 24 Horas. Em 16 de janeiro de 1991, as forças lideradas pelos EUA deram início ao bombardeio aéreo de Bagdad, no Iraque, começando, assim, a Primeira Guerra do Golfo. José Rodrigues dos Santos protagonizou então uma maratona televisiva de cerca de 10 horas sobre o ataque americano ao Iraque, acabando posteriormente por se tornar num dos rostos mais conhecidos da televisão pública. Desde 1991 até hoje, apresenta o Telejornal, o principal jornal diário da televisão portuguesa.
Doutorado em Ciências da Comunicação, com uma tese sobre reportagem de guerra, é também professor da Universidade Nova de Lisboa, tendo já desempenhado por duas vezes o cargo de Diretor de Informação da RTP. É um dos jornalistas nacionais mais premiados e um dos mais influentes para as novas gerações no panorama informativo nacional.
José Rodrigues dos Santos é também ensaísta e romancista, tendo-se tornado um dos escritores portugueses contemporâneos a alcançar maior número de exemplares vendidos.
Obras publicadas:
Ensaio- Comunicação, Difusão Cultural, 1992
- Crónicas de Guerra I - Da Crimeia a Dachau, Gradiva, 2001, Círculo de Leitores, 2002
- Crónicas de Guerra II - De Saigão a Bagdade, Gradiva, 2002, Círculo de Leitores, 2002
- A Verdade da Guerra, Gradiva, 2002, Círculo de Leitores, 2003
Ficção
- A Ilha das Trevas, Temas & Debates, 2002- A Filha do Capitão, Gradiva, 2004
- O Codex 632, Gradiva, 2005
- A Fórmula de Deus, Gradiva, 2006
- O Sétimo Selo, Gradiva, 2007
- A Vida Num Sopro, Gradiva, 2008
- Fúria Divina, Gradiva, 2009
- O Anjo Branco, Gradiva, 2010
- O Último Segredo, Gradiva, 2011
- A Mão do Diabo, Gradiva, 2012
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