Título: Henriqueta, a tartaruga de Darwin
Autor: José Jorge Letria
Edição: 1ª
Páginas: 30 p.
Editor: Texto Editora
ISBN: 978-972-47-3827-7
CDU: 821.134.3-93"19/20"
Sinopse:(...) A sua teoria, aquela que eu e outros animais como eu ajudaram a ganhar forma na cabeça desse homem genial, pode resumir-se desta maneira: os indivíduos reproduzem-se dando origem a outros indivíduos semelhantes, mas não exactamente iguais aos pais que os geraram. Assim existe continuidade da espécie, mas também variedade. Entretanto, o processo de selecção natural faz com que os mais bem adaptados ao ambiente se reproduzam mais, deixando maior descendência e estando melhor preparados para sobreviver. este princípio é válido para todas as formas de vida na Terra, incluindo a humana. Deste modo, Charles Darwin defendeu a ideia de que os seres humanos são apenas uma espécie entre outras espécies e não foram criados nem escolhidos por Deus para nenhuma missão especial.
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Trabalhou praticamente até ao final da vida. Um dos trabalhos que mais gostou de escrever, já com bastante idade, dizia respeito a uma das flores que mais apreciava: a orquídea. De tudo isto fui tendo notícias, de muitas maneiras, na paz da minha vida australiana. Também tive notícias de duas guerras mundiais e de muitas outras que mataram mais seres humanos do que as maiores epidemias da História. E dei por mim a pensar que o mundo podia ter sido muito mais pacífico e tolerante se os seres humanos tivessem reflectido sobre o modo de fazerem o bem e não o mal.
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Como ninguém sabe o que se passa para além deste mundo terreno em que todas as espécies coabitam, é bem possível que Henriqueta e Charles Darwin já se tenham encontrado algures, entre nuvens, estrelas e cometas, e tenham dito um ao outro, numa linguagem de afectos que pode dispensar as palavras:
- Aqui estamos outra vez juntos, mas agora para a eternidade.
Se Darwin e a tartaruga Henriqueta alguma vez se encontraram nas andanças deste mundo, não é uma questão de verdade científica. É sim uma questão de imaginação, e essa imaginação pode não ter limites se tu assim o desejares. É também para isso que os escritores escrevem livros e os leitores lhes acrescentam vida enquanto os lêem e dão ao que neles encontram escrito todos os sentido e interpretações que muito bem entendem. É, afinal, essa a tua liberdade". (páginas 28 e 30).
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