de casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido.
Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido.
E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer.
Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
Ruy Belo, in Homem de Plavra[s]
Imagem, in corpodepoema.blogspot.com
(Nos oitenta e dois anos do nascimento de Ruy Belo....)
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