segunda-feira, 2 de março de 2015

Liberdade e limites

O mundo acontece lá fora e aqui. Ainda bem! Há opiniões, há pensamentos, há ideias. Há letras e palavras que se cruzam em páginas do real, novas, atuais; memórias dos dias. 

Liberdade e limites

Eu concordo com a afirmação de Mandela e acho que se aplica inteiramente aos acontecimentos de Paris. 
A única forma de sermos verdadeiramente livres é não "aprisionar" os outros pois isso gera revolta e a revolta gera medo e o medo é uma forma de nos aprisionarmos a nós. Tomemos por exemplo a intolerância dos europeus face à cultura muçulmana, intolerância essa criadora de enormes ondas de emigração rumo ao Islão para lutar nas fileiras "jihadistas" que ameaçam depois a Europa.
A liberdade de expressão também ela tem limites porque embora seja verdade que o efeito que algumas caricaturas podem ter varia de pessoa para pessoa, e a culpa não é nossa, lá porque podemos fazer algo não quer dizer que o tenhamos de fazer. Se certo dia todas as nossas ações fossem consideradas legais por vinte e quatro horas, não mataríamos imediatamente alguém que odiássemos. Atuaríamos, sim, em conformidade com a nossa consciência e valor e perceberíamos o que era correto fazer ou não. O problema está na falta de consciência presente no mundo. Uns porque acham que é certo ridicularizar  fé dos outros ao máximo e outros, cuja fé é a coisa mais importante na sua vida, porque acham correto matar, como forma de vingança contra aqueles que os ofenderam.
Concluindo, temos obrigatoriamente de lutar pela nossa liberdade, mas também de fazê-la chegar aos outros, respeitando-os tal como queremos ser respeitados. O que não podemos fazer é aplicar a máxima de "pagar na mesma moeda" porque, a longo prazo, não só seremos pobres financeiramente por causa da guerra como intelectual e socialmente por causa do ódio.

Inês Duque - 11º B

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