Dos tetos desceram telas, todos os olhos ficaram fixos a
surpreendentes traços, formas e cores. Tudo se misturou. As letras que já eram
e outras que vieram, a Escola acordou para uma primavera maior, onde todos
puderam saborear tempos de ser.
Prendeu-me pela sua mensagem e por aquilo que significa para mim. Um simples e comum olho de entre milhões que existem e já existiram. No entanto, por já termos visto tantos olhos não significa que sejam todos iguais, muito pelo contrário, cada um tem o seu olhar e é este que torna mágico os sentimentos que transmitem.
Desde o momento, em que abrimos os olhos e vemos o mundo, vivemos a nossa vida e focamos tudo aquilo que nos faz felizes que, nos desilude. Deixamos que o mundo ocupe o espaço vazio dentro de nós, ao nascer, preenchemos a nossa alma e, depois, deixamos que os nossos sentimentos saiam através do olhar e deixamos que os outros percebam e nos compreendam que, saibam o que sentimos e o que somos.
Os olhos são o espelho da nossa alma e agradeço por substituírem muitas vezes as palavras que não conseguem sair e por provarem a veracidade de cada uma das que saem. São das coisas mais simples que podemos ter e que muitos pensam ser unicamente para ver, mas são muito mais e têm muito mais valor do que isso. São o nosso reflexo e, por isso, quando se fecham, sem nunca voltar a abrir, reservam o que somos para a eternidade porque são a porta por onde tudo na vida entra e sai e fechados não permitirão que isso aconteça.
Continuaremos a ser o que somos dentro de nós e dentro dos outros que não esquecerão nem o exterior, nem o interior.
Texto: | Catarina Rebelo| 10º A | Desenho: | Margarida Aires de Sá|12.ºD |
Escola Secundária Rainha Dona
Amélia|Semana das Artes |
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