Alice
no País das Maravilhas
é uma narrativa intemporal. Não é exagerado dizer que nele Lewis Carroll
conseguiu transmitir-nos o seu fascínio pela infância, por essa delicadeza, por
onde o valor das crianças na sociedade começava a ser reconhecido com mais
significado. Ela é o resumo essencial de um
tempo mágico, de memória de um tempo, onde ele não existe no sentido da sua finitude. O tempo de Alice é o de todas as possibilidades, o real como uma aventura permanente.
Alice viaja por um tempo de fantasia, olhando para
o que ama, procurando dias felizes e limpos, cheios de descobertas. Não
há outra personagem como Alice, no mundo infantil. A sua criação por Lewis
Carroll é um ponto de eternidade num País onde vivemos um dia e ao qual podemos tentar voltar com imensas dificuldades.
Na verdade sabemos que as figuras que habitam com Alice não
voltam, permanecem num território único e maravilhoso, o País das Maravilhas. Mesmo com o serviço da imaginação todos sabemos que os unicórnios que saltavam em corridas infinitas na floresta já não voltam. A
Ilustração de Alice no País das Maravilhas é de uma dimensão quase infinita, pois o seu unniverso entrou no imaginário cultural da Europa e do Mundo há longa data. De algum modo a lustração criou outras tantas formas de ver Alice. Aqui deixamos algumas.
(Charles Folkard, 1929)
(Abelardo Morell, 1999)
(Edwin John Prittie, 1923)
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