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Sibila de Cumas de Miguel Ângelo é um dos quadros que no Renascimento procurou dar nova vida às histórias e figuras da mitologia. Miguel Ângelo nos frescos da Capela Sistina juntou figuras do Antigo Testamento (profetas) com Sibilas de natureza pagã. As Sibilas eram profetisas da Antiguidade Clássica que sabiam prever acontecimentos trágicos. O nome que as acompanhava derivava do sítio onde estavam. Sibila de Cumas referia-se a uma Sibila da região da Campânia. Neste fresco a Sibila é-nos oferecida numa fase ainda não final de vida, pois os braços ainda revelam muito vigor. A Sibila de Cumas de Miguel Ângelo aparece no seu conjunto como uma figura meio humana, meio fantástica e o livro surge como algo que saberá ler o futuro. Apesar das páginas do livro estarem em branco ele surge aqui retratado no seu aspeto mais simbólico de conservação de algum conhecimento, os poderes da Sibila no universo mitológico próprio da Antiguidade Clássica que o renascimento reinventou com novos significados.
Miguel Ângelo, A Sibila de Cumas (1510)Capela Sistina - Roma
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