sexta-feira, 3 de junho de 2016

O sentido está em ti

Gosto do silêncio, da cumplicidade de grupos reduzidos, da harmonia da natureza, das sinfonias que brotam da selva, do pequeno que é grandioso...

E ficar. Ficar aqui, assim, a observar a intensa escuridão da noite, sob um céu estrelado, de uma galáxia, num imenso universo.

Criar a minha própria criação com este olhar profundo sob o verdadeiro sentido, sob a verdadeira existência de um ser renascido, por si próprio, todos os dias como pela primeira vez.

Apaixono-me pelo que me rodeia, pelo que entra em mim, pelo que eu me permito conhecer, pelo que eu deixo tornar-se parte de mim, como o horizonte sem fim que vejo, as minhas caminhadas sob a intolerante chuva, o vento que me toca todas as manhãs, poderoso e livre.... Perdi o fôlego.

Onde estou? Permaneço aqui na nova vida de cada dia. Na madrugada quente de um verão, de um ano, de um século, de um tempo, deitada num verdejante relvado irlandês, na areia de uma praia das Caraíbas, na Torre de Pisa, num arranha-céus Nova-iorquino ou numa autoestrada francesa, eu existo. Estou em tudo o que vejo, tudo o que sinto, tudo o que toco, eu sou a realidade, sou um mundo, um tudo e nada, sou um ser sublime, crio vida, faço vida, sou o meu próprio fim, sou o que me fiz.

Sara Tomás de Melo Barreira Pinela, nº24, 11ºH1

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