"- Os pássaros - assegurou-lhe - voam por convicção". (1)
Caminhamos, respiramos, viajamos entre espaços pelo pelo que somos, pelos mecanismos
biológicos ou pelo espírito que nos anima? Somos pessoas porque voamos
entre linhas desenhadas na imaginação, caminhamos fisicamente pelo que
nos é dado ou é a convicção que nos alimenta o caminho?
No contínuo caminhar que fazemos reside o nosso empenho na forma como o fazemos, nas opções que colocamos no caminho, nos instrumentos que concebemos para o sonho. Ficamo-nos na crença cega do modo como andamos, ou estimamos as possibilidades de chegar ao crepúsculo da tarde?
No contínuo caminhar que fazemos reside o nosso empenho na forma como o fazemos, nas opções que colocamos no caminho, nos instrumentos que concebemos para o sonho. Ficamo-nos na crença cega do modo como andamos, ou estimamos as possibilidades de chegar ao crepúsculo da tarde?
Na
viagem que construímos é o rio que corre em nós, que nos alimenta a
definição do caminho, nos faz criar os instrumentos capazes de superar
os limites físicos, operacionais do corpo, para conquistar esses
momentos de superação, de uma epifania de vontade e determinação. Na
errância com que nos vemos, são essas cores com que pintamos o real que
embelezam a respiração das auroras amanhecidas na alegria da viagem,
como elemento essencial do sonho vivido.
(1) - Jose´Eduardo Agualusa, "O quarto anjo", in A Educação Sentimantal dos Pássaros).
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