Como se
forma a mousse de lima e manjericão?
Ingredientes:
- 1/2 lata de leite condensado
- 1 lata de leite evaporado
- Raspa de duas limas
- 150 ml de sumo de lima
- 40 gramas de manjericão
Modo de preparação:
- Coloque numa taça o conteúdo de uma lata de leite evaporado e o de uma lata de leite condensado; bata vigorosamente até obter uma espuma volumosa;
- Esprema as limas de modo obter 150 ml de sumo;
- Triture o sumo de lima com as folhas de manjericão;
- Quando a
espuma está formada, adicione-lhe o triturado do sumo de lima com as folhas de
manjericão;
- Passe a
mousse para uma nova taça e acrescente por cima as raspas de lima.
- Leve ao frigorífico durante 30 a 40 minutos.
Explicação:
O que se terá passado nesta preparação???
1. Porque se forma a espuma e o aumento de volume?
Ambos os leites são concentrados, ou seja, são leites aos quais foi retirada cerca de 50% da sua água (60% no evaporado). E, no caso do leite condensado, foi-lhe acrescentada uma quantidade considerável de açúcar - cerca de 44%, assim já não é necessário adicioná-lo a esta sobremesa. Esta grande quantidade de açúcar não permite o crescimento de microrganismos, devido à elevada pressão osmótica e, por isso, este leite tem uma grande durabilidade.
Se queremos formar uma espuma, uma dispersão de bolhas gasosas num líquido, é necessário que esse líquido tenha alguma viscosidade. Caso contrário as bolhas do gás, neste caso o ar introduzido pela batedura, escapam-se logo. O leite normal é muito pouco viscoso, contrariamente ao condensado e também ao evaporado. Enquanto se vai batendo, vai-se então observando que inúmeras bolhas de ar são introduzidas na mistura e assim ela vai aumentando de volume.
Obtida a espuma, deita-se-lhe o sumo das limas. E o que se observa?
Que a espuma fica imediatamente muito mais espessa e pastosa.
2. Como se torna a espuma mais espessa?
Um dos constituintes do leite são as proteínas (4%), e a mais comum é a caseína (cerca de 80%).
Quando adicionamos o sumo de lima, introduz-se ácido cítrico e ascórbico na mistura, o que irá promover a coagulação (= precipitação) da caseína pela descida do valor de pH.
A espuma fica como que fixada, formando-se um gel.
E assim, obtemos a musse, que vai ficando sucessivamente mais pastosa e que, se guardada no frigorífico, tem um sabor ainda mais agradável.
Bom apetite!
Bibliografia
Margarida Guerreiro;Paulina Mata. (2010). A cozinha é um laboratório. Lisboa: fonte da Palavra – Ciência Viva, (adaptado).
Adaptado de José Avillez “Mousse de lima e manjericão”.
A equipa da Cozinha Experimental.
Sem comentários:
Enviar um comentário