segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Construir a memória - Torga

«(...) É muito tarde para as lentas
narrativas do coração.
o vento continua
a tarefa das folhas:
cobre o chão de esquecimento.
Eu sei: tu querias durar.
Pelo menos durar tanto como o tronco
da oliveira que teu avô
tinha no quintal. Paciência,
querido, também Mozart morreu.
Só a morte é imortal» 
 
 Eugénio de Andrade, «Nao Sei», in saldalingua.worpress.com
Imagem, entre as serranias do parque natural de Montesinho

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