«Liberdade. Passei a vida a cantá-la, mas sempre com a identidade no pensamento, ciente de que é ela o supremo bem do homem. Nunca podemos ser plenamente livres, mas podemos em todas as circunstâncias ser inteiramente idênticos. Só que, se o preço da liberdade é pesado, o da identidade dobra. A primeira, pode nos ser outorgada até por decreto; a outra, é sempre da nossa inteira responsabilidade.» (1)
Um dos escritores do mês na Biblioteca é mais que um autor. É uma paisagem humana de uma raridade e de uma frontalidade só quase vivida pela geografia mais sublime. Mais que um homem, foi uma criação de um património, a respiração do vento mais puro, no alto das fragas.
Miguel Torga representa na dimensão humana o carácter duro, mas solidário, frontal, mas apaixonado por uma consciência de valores imutáveis. A sua escrita apresenta o encanto silvestre e a originalidade humana desse reino único, muito especial, aquele deu o nome de maravilhoso.
A sua obra e a sua figura são a morada desse tempo quase eterno onde a montanha faz nascer a liberdade e a beleza. Torga confunde-se com esse reino. Há nele essa dimensão de natureza frontal, em estado maciço que se apresenta como um universo a descobrir, uma fonte de vida e valores universais. Durante o mês, a ele voltaremos para divulgarmos uma obra única que nos faz compreender como somos herdeiros de um território e de uma identidade.
A sua obra e a sua figura são a morada desse tempo quase eterno onde a montanha faz nascer a liberdade e a beleza. Torga confunde-se com esse reino. Há nele essa dimensão de natureza frontal, em estado maciço que se apresenta como um universo a descobrir, uma fonte de vida e valores universais. Durante o mês, a ele voltaremos para divulgarmos uma obra única que nos faz compreender como somos herdeiros de um território e de uma identidade.
(1) Miguel Torga, Diário XVI
Imagem, Entre as serranias de Montesinho
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