Trago por cegueira, meu ser comigo
Não compreendo, nem sei
Se hei-de ser, sendo nada, o que serei
Vivemos só de recordar
Na nossa alma angustiada
Não podemos fazer nada
Para viver a nossa morta vida
É tarde de mais para acordar
Já vivi tudo o que tinha de viver
Só me resta esperar
O fim da minha funesta sina
Mas, em momentos de maior loucura
Sento-me
Imito, tento ser
Aquela inocente pequena criancinha
Que ainda não perdeu a alma
Que come chocolates
Caio em mim
Volto à janela
A única passagem para o mundo real
Fecho-a
Texto - Débora Santos: 10º B; Ilustração - Claúdia Conceição: 11º E
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