sexta-feira, 12 de junho de 2015

Semana das Artes - Ilustração / Textos (VIII)

Caminhando, pensativo, nas ruas iluminadas pela cor festiva da cidade, absorto na minha mente, onde me refugio, vejo belas pinceladas alegres na calçada branca lisboeta. Sem cansaço, mas com uma felicidade extasiante, passeio num quadro feito só de esperança…
As ruas estreitas e arejadas podiam estar preenchidas com pessoas que andam sonhadoramente ao sol idílico, mas não estão. Onde se encontram, não sei; talvez no campo, aproveitando o tapete verde de uma ou outra colina. Sei que as ruas estão vazias. Sim. Intensamente vazias. Nem pombos me fazem companhia debicando as frestas entre as pedras.
Ao fundo, avisto um rio azul, brilhante, com uma leve ondulação provocada por um navio de três mastros, esguio, sublime, com as suas pálidas velas desfraldadas.
 No meio de uma calma tão pura, numa destas ruas floridas, ouço um som metálico, um som agudo e fino, familiar, propagando-se nos carris frios que atravessam o alcatrão escaldante.
Vem aí um som de madeira, amarelo, imponente; é o elétrico lisboeta em todo o seu esplendor!
É esta a beleza infinita de Lisboa, livre e
desordenada, tão inspiradora… Aqui tenho
o nosso elétrico, amigável companhia, numa visita pela cidade que de todas é a que todos acolhe, com um calor saudável e terno, na cidade de luz, banhada pelo
manto azul que nos lançou à descoberta…

 Eis o rasgo de poesia desenhada, pintada com um pincel.

Texto: | João Pedro Duarte|11ªF|
Desenho:|Caetana F. Thomaz|12ºD| 
Escola Secundária Rainha Dona Amélia|Semana das Artes |

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