Caminhando, pensativo, nas ruas iluminadas pela cor festiva
da cidade, absorto na minha mente, onde me refugio, vejo belas pinceladas
alegres na calçada branca lisboeta. Sem cansaço, mas com uma felicidade
extasiante, passeio num quadro feito só de esperança…
As ruas estreitas e
arejadas podiam estar preenchidas com pessoas que andam sonhadoramente ao sol
idílico, mas não estão. Onde se encontram, não sei; talvez no campo,
aproveitando o tapete verde de uma ou outra colina. Sei que as ruas estão
vazias. Sim. Intensamente vazias. Nem pombos me fazem companhia debicando as
frestas entre as pedras.
Ao fundo, avisto um
rio azul, brilhante, com uma leve ondulação provocada por um navio de três
mastros, esguio, sublime, com as suas pálidas velas desfraldadas.
No meio de uma calma
tão pura, numa destas ruas floridas, ouço um som metálico, um som agudo e fino,
familiar, propagando-se nos carris frios que atravessam o alcatrão escaldante.
Vem aí um som de
madeira, amarelo, imponente; é o elétrico lisboeta em todo o seu esplendor!
É esta a beleza
infinita de Lisboa, livre e
desordenada, tão inspiradora… Aqui tenho
o nosso elétrico, amigável companhia, numa visita pela
cidade que de todas é a que todos acolhe, com um calor saudável e terno, na
cidade de luz, banhada pelo
manto azul que nos lançou à descoberta…
Eis o rasgo de poesia
desenhada, pintada com um pincel.
Texto: | João Pedro Duarte|11ªF|
Desenho:|Caetana F. Thomaz|12ºD|
Desenho:|Caetana F. Thomaz|12ºD|
Escola Secundária Rainha Dona Amélia|Semana das Artes |
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