Porém nos grandes mares
Ou em praias baloiçadas por coqueiros
O espanto nos guiava -
Água escorria de todas as imagens
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À luz do aparecer a madrugada
Iluminava o côncavo de ausentes
Velas a demandar estas paragens
Aqui desceram as âncoras escuras
Daqueles que vieram procurando
O rosto real de todas as figuras
E ousaram - aventura a mais incrível -
Viver a inteireza do possível
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Ali vimos a veemência do visível
O aparecer total exposto inteiro
E aquilo que nem sequer ousáramos sonhar
Era o verdadeiro
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Difícil é saber de frente a tua morte
E não te esperar nunca mais nos espelhos da bruma
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Através do teu coração passou um barco
Que não pára de seguir sem ti o seu caminho
Sophia. (2015). "II", "III", "V", "VII" e "XIV", In Navegações.
Porto: Assírio & Alvim
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