13 - O jogo das nuvens / Johann Wolfgang Goethe ; sel.,
trad., pref. e notas João Barrento. – 2.ª ed. - Porto : Assírio & Alvim, 2012.
- 110 p. : il. ; 19 cm. - (Gato maltês ; 53). - ISBN 978-972-37-0785-4
“Mas
de onde vem o interesse de Goethe pelas nuvens, o tema específico dos textos
reunidos neste pequeno volume? Na fase a que praticamente todos eles se referem
(a segunda e terceira décadas do século XIX, a época posterior às Guerras
Napoleónicas, que em Goethe corresponde a uma retirada para a esfera interior e
a um regresso às ciências da natureza, a óptica, a química e a meteorologia,
depois de, ainda no século anterior, se ter empenhado no estudo da geologia e
da minerologia, da zoologia e da botânica, da anatomia e da osteologia), o
catalisador direto do interesse meteorológico foi o conhecimento da teoria
classificativa das nuvens apresentada em 1802 por Luke Howard (On the
Modifications of Clouds, publicado em 1803), de que Goethe toma conhecimento
através do Grão-Duque Carlos Augusto, que em 1815 mandara construir no
Ettersberg, a norte de Weimar, a primeira estação meteorológica do grão-ducado.”
- Do Prefácio -
14
- Felizmente há luar! / Luís
Stau Monteiro. - [3.ª ed., 1.ª reimp.]. - [Porto] : Areal, 2015. - 140 p. ; 21
cm. - (Teatro). - ISBN 978-972-627-744-6
Denunciando a
injustiça da repressão e das perseguições políticas levadas a cabo pelo Estado
Novo, a peça Felizmente Há
Luar!, publicada em 1961, no mesmo ano de Angústia
para o Jantar, esteve proibida pela censura durante muitos anos. Só em 1978
foi pela primeira vez levada à cena, no Teatro Nacional, numa encenação do
próprio Sttau Monteiro.
“Eu sou um
homem de teatro concreto, real, de palco. Para mim, o teatro surge quando está
no palco, quando estabelece uma relação social, concreta, num povo e num grupo.
O livro meramente, ou o texto, tem para mim muito pouco significado, apesar de
eu ser um autor teatral. (...) Se vocês são o teatro do futuro, eu sou o do
passado. Eu sou um homem para quem só conta o espectáculo”.
Luís de Sttau
Monteiro, Le théâtre sous la
contrainte, Atas do Colóquio Internacional. Universidade de Provence,
1988.
15 - Antologia Poética / Jacques Brel ; trad: E. leão Maia ; 2.ª ed. - Lisboa
: Assírio & Alvim, 1997. – 165 p. ; 21 cm ; 21 cm. – (Rei Lagarto ; 11) - ISBN 972-37-0007-7
As palavras de Brel numa Antologia essencial sobre a sua poesia .
Disseste-te
um trovador pelas palavras que ressuscitavam uma dor, a indiferença do mundo,
pequenos gritos, como as andorinhas em tardes de inverno. Revelaste-nos um
caminho de pérolas em países onde não chovia e destas palavras atabalhoadas
dar-me-ias o teu sorriso tão fresco, a tua pele transpirada de emoções e uma
voz que enuncia de uma forma tão bela a linguagem. Nasci quando tu já te
encaminhavas para o silêncio azul das Marquis, na procura de uma aventura
maior, a doce brisa da liberdade em ondas de alegria. Aqui, do teu corpo de
jacintos, sei que ainda nos cantarias, “quand il était beau” e rir-nos-íamos
dos acomodados e levantaríamos um sorriso pelos esquecidos. Levaríamos o vento
no rosto, como essas linhas de flores que correm caminhos sós, como comboios à
espera da Primavera, à espera de nós. E eu te diria, o que muitos ainda te
dizem, je t’ aime encore, mon ami!
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