Título: Paraíso Inabitado
Autor: Ana María Matute
Edição: 1ª
Páginas:2009
Editor: Planeta
ISBN: 978-989-657-040-8
Páginas:2009
Editor: Planeta
ISBN: 978-989-657-040-8
CDU: 821.131.1
Sinopse:
"E esperou-me tanto que ainda lá está, com a mão levantada, acenando-me. naquele tempo, naquele lugar indefenível onde se guarda o mais profundo e, talvez, o mais inexplicável da memória."
É um livro autobiográfico, sendo sobretudo um canto de palavras, uma visita a esse território pouco definível que é a primeira infância. No cenário da guerra civil de Espanha, uma família, mas sobretudo uma criança que voando nas velas de barcos imaginários, nos contos onde escondia os seus medos e onde transfigurava os seus dias. É um livro sobre os sonhos redigidos no imaginário das fadas, dos cisnes que voam sobre as varandas do céu, dos unicórnios que se passeiam na noite do vivido.
É um livro onde se sente como a infância é um território de magia, misterioso, nem sempre límpido, mas continuadamente maravilhado pelo que se vive.É ainda um livro que acima do tempo histórico nos dá a dimensão humana da solidão, da tristeza, mas também da simplicidade de olhar para a luz, para o céu, para os objetos do quotidiano, com os olhos maravilhados, afinal repõe a humanidade que pertence ao próprio homem.É um livro que se oferece como uma obra de arte porque nos transporta para um universo, um imaginário, onde pela inocência se buscam mundos novos. A sua beleza permite-nos viajar no tempo e voltar a recordar as manhãs em que os raios de sol espreguiçavam sobre o quarto, aberto à luz, entre aquelas árvores, e por onde ainda nos parece vir o cheiro dos objetos e dos gestos afetivos de quem nos acompanhava.
É um grande livro, quase uma obra-prima. É um livro que nos envolve e trata as emoções com a simplicidade que só as crianças conseguem. Um livro a descobrir sobre a memória do que todos fomos. Um livro a ler e a partilhar pela experiência que o envolve. Embora saibamos que os unicórnios não voltam, a memória dos seus passos no silêncio da noite pode ainda ser um reconforto.
Sem comentários:
Enviar um comentário