"(...) Levantamos um punhado de terra e apertemo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno,
A vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raíz.
Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste. " (1)
(Passou ontem mais um ano sobre o nascimento do único Nobel da Literatura Portuguesa, José Saramago, o escritor de palavras que procurou no real formas de compreender o mundo e de nele intervir. Acima da polémica, do amor e do desinteresse, escreveu diversos romances, uns muito apreciados, outros nem tanto. Não percamos o mais importante, pois a sua obra é no essencial a sua assinatura sobre o que foi, o que procurou ser e o que nos tentou mostrar como sendo o seu olhar. Deixamos-lhe os parabéns a um autor que celebrou a palavra e a sua substância).
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno,
A vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raíz.
Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste. " (1)
(Passou ontem mais um ano sobre o nascimento do único Nobel da Literatura Portuguesa, José Saramago, o escritor de palavras que procurou no real formas de compreender o mundo e de nele intervir. Acima da polémica, do amor e do desinteresse, escreveu diversos romances, uns muito apreciados, outros nem tanto. Não percamos o mais importante, pois a sua obra é no essencial a sua assinatura sobre o que foi, o que procurou ser e o que nos tentou mostrar como sendo o seu olhar. Deixamos-lhe os parabéns a um autor que celebrou a palavra e a sua substância).
(1) José Saramago, Na ilha por vezes habitada, in Provavelmente Alegria.
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