1 - A queda
de um anjo /
Camilo Castelo Branco ;1.ª ed. - Porto : Porto Editora, 2010. - 207 p. ; 20 cm.
- ISBN 978-972-0-04972-8
Nesta
obra, A queda de um Anjo, Camilo
Castelo Branco centra a sua narrativa numa figura, Calisto Elói, um erudito
fidalgo transmontano, austero e conservador, ligado ao passado, às lições da
História, às antigas noções de moralidade e bondade e mergulhado constantemente
nos seus clássicos de História, Cultura, Música, Vinhos, Filosofia. Eleito
deputado do Minho, Calisto é enviado para Lisboa como representante da região.
Defensor acérrimo das suas convicções sobre a moral, a verdade e a justiça, a
sua cruzada contra a depravação e a corrupção acaba esquecida, quando ele
próprio se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital,
tomando como amante uma prima afastada, Ifigénia, e transitando da oposição
miguelista para o partido liberal no governo. Ironicamente, Teodora, esposa de
Calisto, acaba por imitá-lo na devassidão: desprezada pelo marido, une-se a um
primo interesseiro e sucumbe aos vícios da modernidade.
2 - A
ilustre casa de Ramires / Eça de Queirós ;1.ª ed. - Porto : Porto Editora, 2010. - 368 p. ;
20 cm. - ISBN 978-972-0-04979-7
Gonçalo Mendes Ramires é o Fidalgo
da Torre, um jovem herdeiro de uma família nobre e antiga, os Ramires, e é a
personagem principal deste livro.
A
história de A Ilustre Casa de Ramires
é desenvolvida em dois momentos. Um que se foca na vida de Gonçalo e nas suas
aspirações, outro, na história que este está a escrever, na qual relata a
história da família Ramires. Gonçalo provou-me alguns sentimentos
contraditórios, pois é um jovem algo fútil, covarde e com uma imaginação
fértil, mas ao mesmo tempo uma pessoa naturalmente bondosa.
3 - A
Relíquia /
Eça de Queirós ;1ª ed. - Porto : Porto Editora, 2016. - 286 p. ; 20 cm. – ISBN
978-972-0-04955-1
A Relíquia é um romance
de Eça de Queirós publicado em folhetins na Gazeta de Notícias, cuja epígrafe
se tornou célebre - "Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da
fantasia". Esta epígrafe sintetiza a aliança entre realismo e imaginação,
naturalismo e fantástico, patente na obra. Da intriga central - a viagem de
Teodorico à Terra Santa, de onde traz, não a relíquia que prometera à tia
beata, mas sim, por lapso, a camisa de dormir de uma amante - sobressai o sonho
ou a viagem no tempo do protagonista, que, acompanhado pelo seu erudito amigo,
Dr. Topsius, assiste à pregação, julgamento e morte de Jesus. A obra, que
exalta a figura humana de Cristo, como paradigma de amor e de bondade, foi
considerada herética pelos setores mais conservadores por questionar a
divindade de Cristo.
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