Em fevereiro costumam acontecer as nomeações para os Óscares de cinema. Este ano será a 89ª edição, onde em vinte e quatro categorias se celebram o melhor da 7ª arte produzida no ano anterior. A cerimónia será realizada a 26 de fevereiro em Los Angeles. LA La Land foi o filme com mais nomeações. Trata-se de um regresso ao musical, um género nem sempre muito apreciado e que aqui nos conta uma história de amor entre um pretendente a atriz e um pianista, sempre com a relevante mensagem de cada um lutar pelos seus sonhos. Emma Stone e Ryan Gosling desempenham os papéis principais.
Manchester by the sea é um outro candidato que foi indicado com seis nomeações e entra na categoria de drama, sendo um filme de grande qualidade. Filme sobre uma tragédia pessoal, numa narrativa intimista onde se fala da perda e da dor que ela causa nos seres humanos e nos dá uma leitura diversa sobre o quotidiano.
A morte de Luís XIV é uma proposta trazida por Albert Serra e que nos dá os últimos momentos da vida de Luís XIV. O filme faz uma reconstituição honesta do ponto de vista histórico e apresenta-se como um fresco muito interessante sobre o Rei Sol. O filme é desempenhado com grande relevância na figura de Luís XIV por Jean-Pierre Léaud.
Miss Sloane - uma mulher de armas consegue a proeza de se tornar um registo muito oportuno, pois a sua temática são os meandros do poder político americano. Com o desempenho no papel principal de Jessica Chastein e realizado por John Madden, Miss Sloane - uma mulher de armas permite-nos fazer uma leitura sobre os limites institucionais do poder americano e o papel que os lobbies desempenham naquilo que muitos acreditam ser dominado por uma máquina pouco identificada com os valores da soberania americana.
Por fim, um filme que adapta um livro considerado uma obra de grande importância literária, Silêncio de Shusaku Endo. Filme realizado por um realizador americano muito conceituado, Martin Scorsese que nos relata um período violento do cristianismo no Japão. Silêncio é interpretado no papel principal por Liam Neeson que pretende incarnar a figura do padre jesuíta português Cristóvão Ferreira. Silêncio pretende discutir os limites da fé face ao sofrimento físico e de como essa agonia pode ser ouvida na sua relação com uma crença, com um Deus.
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