Título: Ran (Japão/França – 1985)
Direção: Akira KurosawaRoteiro: Akira Kurosawa, Hideo Oguni, Masato Ide (baseado em peças de William Shakespeare)
Elenco: Tatsuya Nakadai, Akira Terao, Jinpachi Nezu, Daisuke Ryû, Mieko Harada, Yoshiko Miyazaki, Hisashi Igawa, Pîtâ, Masayuki Yui, Kazuo Katô
Duração: 162 min.
Descrição: Ran é uma das grandes obras-primas do cinema. Pela sua importância optou-se por fazer um destaque isolado desta obra adquirida pela escola e disponível no fundo documental da Biblioteca. O filme é baseado no texto teatral de Shakespeare Rei Lear. Ran desloca a ação para o Japão do século XVI, ainda em período feudal. Um senhor de nome Hidetora que é o patriarca do clã Ichimonji, decide aos 70 anos, dividir o reino entre os três filhos: Taro, Jiro e Saburo. As consequências desta divisão irão a Akira Kurosawa construir um fresco de uma imensa beleza, onde discute questões essenciais à natureza humana, como a glória, o poder, a ambição, o amor, a solidão.
O filme compõe visualmente uma luta entre os descendentes de Lorde Hidetora. A trilha sonora, a coreografia desenhada dá-nos um épico que discute como o poder e a glória são parceiros de uma loucura, uma insanidade que nem sempre é descortinado pelos seus agentes. Mais do que uma lírica narrativa inspirada no Rei Lear, Ran foi pensado por Akira Kurosawa durante uma década e há uma combinação perfeita entre ação, som e estética, pois os próprios herdeiros em luta são distinguidos por diferentes cores.
O amarelo de Taro, o vermelho de Jiro e o azul de Saburo, são muito metafóricas com a ação. Cores que exaltam o calor, o sangue, ou uma abordagem mais pacífica. Hidetoraé apresentado de branco, uma fusão de diferentes cores, onde aparece simbolicamente uma flecha, como sinal da fusão desejada. Uma flecha sozinha pode ser destruída e mesmo a sua junção pode ser surpreendida a qualquer momento pelo inesperado.
Influenciado por Shakespeare Kurosowa introduz um elemento feminino que nos faz lembrar Lady Mcbeth, aqui assumida em Lady Kaede, esposa de Taro. Ela conduzirá a ambiguidade nos sentimentos e ajudará a precipitar esta tragédia, que é o desmonoramento de um senhor feudal, pois Ran significa isso distiúrbio, rebelião, revolta. Um filme de grande qualidade disponível para requisitar na Biblioteca.
O filme compõe visualmente uma luta entre os descendentes de Lorde Hidetora. A trilha sonora, a coreografia desenhada dá-nos um épico que discute como o poder e a glória são parceiros de uma loucura, uma insanidade que nem sempre é descortinado pelos seus agentes. Mais do que uma lírica narrativa inspirada no Rei Lear, Ran foi pensado por Akira Kurosawa durante uma década e há uma combinação perfeita entre ação, som e estética, pois os próprios herdeiros em luta são distinguidos por diferentes cores.
O amarelo de Taro, o vermelho de Jiro e o azul de Saburo, são muito metafóricas com a ação. Cores que exaltam o calor, o sangue, ou uma abordagem mais pacífica. Hidetoraé apresentado de branco, uma fusão de diferentes cores, onde aparece simbolicamente uma flecha, como sinal da fusão desejada. Uma flecha sozinha pode ser destruída e mesmo a sua junção pode ser surpreendida a qualquer momento pelo inesperado.
Influenciado por Shakespeare Kurosowa introduz um elemento feminino que nos faz lembrar Lady Mcbeth, aqui assumida em Lady Kaede, esposa de Taro. Ela conduzirá a ambiguidade nos sentimentos e ajudará a precipitar esta tragédia, que é o desmonoramento de um senhor feudal, pois Ran significa isso distiúrbio, rebelião, revolta. Um filme de grande qualidade disponível para requisitar na Biblioteca.
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